“AS MARCAS DA HISTÓRIA FAMILIAR”

Trazemos em nós todas as informações do Sistema Familiar ao qual pertencemos através do DNA, sangue, através das histórias que escutamos e das que ficaram escondidas como um segredo já que estão impregnadas no Campo Morfogenético, das sensações e emoções despertadas pelas experiências de todo um Sistema Familiar.

As constelações nos ajudam e mostram, no nosso Sistema a razão primária, onde os emaranhamentos começaram. É um processo no qual só olhamos o que é possível naquele momento. Muitas vezes a dor não deixa reconhecermos o necessário para mudança. A persistência é a mola propulsora para sairmos desses padrões, resignificarmos as experiências e melhorar as respostas até escolhermos a vida. Assim os ritmos biológicos voltam à normalidade e podemos usar as alterações, quando acontecerem, para parar, respirar e olhar.

A dor é o caminho de reconciliação entre excluidor e excluído. Podemos classificar em:

– dor primária: resultado de uma agressão imediata e dura o tempo de recomposição do tecido lesado.

– dor secundária: é uma dor que expressa emoções contidas como dor, medo, vergonha, culpa, raiva. São mais agudas e aparecem na fase de resolução de conflito, então já podem ser vistas. Ex: dor na ATM por não poder dizer ou expressar a raiva ou por não poder dizer não. Dores reumáticas mostram raiva reprimida voltada para si. Essas dores mascaram o sentimento ou emoção bloqueada.

– dor adquirida: não se detecta nenhuma lesão física, nem causa objetiva. Vem da fidelidade a um ancestral excluído.

– dores múltiplas: muitos ancestrais mortos ou suicidas.

– problemas ósseos referem-se à mãe, sustentação.

– músculos referem-se ao pai, movimento.

Mover-se é aprender, mudar, e isso é viver. Mas para isso precisamos de sustentação e autorização. Então através de uma leitura de deformidades, postura, marcha e outras coisas que observamos no corpo, podemos identificar o que a pessoa sente e como reage.

Em um atendimento de correção postural, observado Cifose dorsal, o paciente tinha muita dificuldade em manter as correções de uma sessão para outra. Perguntei: como é seu relacionamento com sua mãe? Resposta: somos amigos, conversamos sobre tudo. Nesse caso, o filho carrega nas costas os problemas e dores da mãe. Eu observava isso nas falas durante as sessões. Também atendo muito pessoas que se contraem o tempo todo na sessão, e alguma até com dificuldades de ser tocada: isso denota controle, “Eu resolvo” ou “Eu por você”.

Cada parte do corpo pode representar aspectos inconscientes que, observados ajudam no caminho da cura.

Lado direito: masculino, pai, presente, parcerias, família atual, relacionamentos atuais seja pessoal ou profissional, irmãos.

Exemplo: peso no braço direito pode denotar “Levo a impotência para o casal, ou trabalho. Ou “Assumo minha incapacidade de me realizar hoje”

Quando observamos algum desses sintomas, abrimos para o reconhecimento e o caminho da ordem.

Peso nos braços: dívidas

Se aparece uma tensão ou o representante fecha os punhos, mãos ali podemos observar uma energia assassina.

Peso no baço esquerdo: feminino, mãe, passado, criação, família de origem, filhos. “Levo a incapacidade par a família de origem” Ou “Assumo minha incapacidade para a família”.

Dor de cabeça: Amor bloqueado, retido. Frase: “Não quero te querer (amar)

Calor excessivo, suor= culpa (dizer sim a tudo como é).

Quadris, colo do fêmur: você é mais forte.

Cervical: rigidez, controle. “Honrar a sorte” “Respeitar o destino/Respeitar como é”.

Dorsal: vontade, sentimentos, expansão-retração, capacidade de nos abrir para a vida. Dor: precisa honrar alguém; cifose: carregar alguém; retificação: carregar mas com resistência. “Assumo as obrigações por você”, “Devolvo suas obrigações”. Dores na dorsal levar a carga familiar: frase para o sistema “honro sua carga”

Lombar: trânsito, prazer, não tenho permissão para desfrutar, desvalorização sexual, não sirvo como parceiro

Ombro Direito: sente-se má colega, parceiro, profissional, estudante. Sentimento de culpa por não estar à altura de algo ou alguém. Tem que olhar, reconhecer que é assim e escolher fazer diferente.

Ombro esquerdo: mau pai, mãe, filho. “Por você”

Mandíbula: impotência, raiva. “Tomo sua ira no meu coração” “Digo o não que nunca me atrevi a dizer”

Mãos: contato, fazer algo, realização, prosperidade

Estomago: problemas de ordem familiar. Pode ser também culpa ou medo em relação ao próprio território.

Escápulas: direita – Sinto-me impotenteo

Escápulas: Esquerda – Sinto-me envergonhado

Pés: vínculos com os ancestrais.

direito= ramo paterno – “Toma o presente, avança para o futuro e esquerdo = ramo materno – “Larga o passado”

Continua

Fonte: Ciomara Novo – Fisioterapeuta e Consteladora.